quinta-feira, 26 de maio de 2011

PASTORAIS EM BELO HORIZONTE PROTEGEM OS DIREITOS DAS CRIANÇAS E MENORES

Ajudar ao próximo, ir de casa em casa para acompanhar o dia-a-dia e o crescimento saudável das pessoas, reunir crianças, gestantes e famílias nas igrejas para celebrar a vida. Essas são algumas das ações que uma líder comunitária da pastoral dacriança faz todos os meses. Cada líder pode atender até quinze famílias. Rita Jardim, 67, é uma delas. Apesar de todo o trabalho e das distancias percorridas, dona Rita afirma que trabalhar na pastoral é uma maneira de melhorar a vida. “É muito prazeroso trabalhar com as gestantes. A sensação de ajudar alguém não tem preço, por isso o esforço de visitar cada comunidade é válido. Ver as crianças crescendo bem é o maior prazer”, conta Rita.
A pastoral da criança atua em dezessete munícipios da arquidiocese de Belo Horizonte, duzentas e duas paróquias e cento e uma comunidades. Em um mês, cerca de sete mil crianças, de zero a seis anos, e quatrocentos e cinquenta gestantes são atendidas. Rosana da Cruz e Naiara Sabrina tiveram a gravidez acompanhada pela pastoral. “A pastoral me ajudou nas duas gestações. Pra mim foi muito importante, era mãe de primeira viagem e não tinha condições para fazer o controle necessário, é um alívio”, conta a dona de casa. No caso de Naiara, a pastoral ainda é muito presente, a filha dela tem apenas 6 meses e ainda tem acompanhamento da pastoral. “Até hoje, todo mês, alguma líder comunitária vem fazer o controle de peso, perguntar se está tudo bem. Elas tem muito cuidado comigo e com minha filha, isso dá segurança pra gente. Não estamos sozinhas”, afirma Naiara.
Dona Rita faz a visita mensal à casa de Naira. *foto Marina Ribeiro

Mas nem todo o cuidado com a gravidez significa que as crianças estão sob os cuidados necessários. Desde 1983 a pastoral do menor defende a vida de crianças e adolescentes. Em 1996 surge o projeto “casa das meninas”, o primeiro abrigo, em Belo Horizonte, que é exclusivo para meninas com trajetória de rua. Muitas das meninas que são abrigadas na casa, não são órfãs, mas devido aos maus tratos, abusos, traumas vividos por elas, são acolhidas. O futuro das garotas depende do decorrer da situação. A coordenadora Janete Rodrigues conversou comigo sobre o processo de saída da casa. Confira no podcast abaixo:



Janete brinca com M. na Casa das Meninas *foto Marina Ribeiro
A história por trás de cada uma das quinze garotas que moram no local é conturbada, por isso, todo o cuidado é tomado para que elas se sintam protegidas. Muita conversa, brincadeiras, contato com a paróquia e o acompanhamento familiar trazem felicidade, fé e força para a vida das jovens. M, 9 anos, está na Casa das meninas há seis meses e já se sente em casa e tem alívio de ter encontrado o apoio da paroquia e da pastoral do menor. “Aqui eu me sinto em paz, eu brinco com as bonecas e com as meninas. É paz”, revela a criança.

Um comentário:

  1. Muito bacana sua materia, Marina. O podcast nao apareceu aqui pra mim. Vou tentar de outro computador. Abraço,

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